Diversos atletas estão se organizando pelo WhatsApp para formar um grupo de esportistas em defesa da democracia, segundo Demétrio Vecchioli, do UOL.
Entre os participantes do grupo, ainda pequeno e sem nome, estão os ex-jogadores de futebol Raí, Casagrande e Grafite e a ex-nadadora Joanna Maranhão. Alguns outros atletas ainda pensam se irão participar, ou não, do movimento.
Raí tem se mostrado um forte crítico do governo Jair Bolsonaro e chegou até a pedir a renúncia do chefe do Executivo. Casagrande inclusive defendeu Raí quando o também ex-jogador de futebol Caio Ribeiro o criticou por se envolver com política enquanto ocupa um cargo no São Paulo Futebol Clube.
Alguns outros atletas se interessam pela pauta e estão ajudando a organizar o grupo pró-democracia: as ex-jogadoras de vôlei Ana Moser, Fabi, Isabel e Fernanda Garay, além do jogador de futebol Igor Julião.
Leia, abaixo, entrevista de Raí à Rádio França Internacional:
“Meu papel é de mobilização para um país mais democrático e socialmente mais justo”, diz Raí
No Brasil, em plena pandemia de coronavírus, o ex-capitão da seleção brasileira e do PSG está ajudando as populações mais carentes das periferias de São Paulo e Rio de Janeiro por meio da sua Fundação Gol de Letra, para a qual ele está pedindo doações. Raí diz que também está se mobilizando em favor da democracia, fragilizada atualmente Brasil.
O “capitão Raí” pendurou as chuteiras há 20 anos, mas seu carisma continua intacto. O mesmo homem que inflamou as arquibancadas de Ribeirão Preto, São Paulo e Paris, está cada vez mais comprometido com ações sociais por meio da sua Fundação Gol de Letra, lançada em 1998 em Paris, com outro ex-jogador do PSG, Leonardo.
Na entrevista exclusiva à RFI, Raí falou sobre suas atividades sociais, seu engajamento pela democracia, assim como seu irmão Sócrates, e também sobre futebol.
“Há 22 anos, a Fundação Gol de Letra é voltada para a educação de jovens das periferias, de São Paulo, onde moro, e do Rio de Janeiro. Mas, neste momento de crise sanitária, adaptamos nossas atividades e estamos distribuindo cestas básicas, com alimentos para famílias que sofrem com a fome”, disse.
“A fome nunca desapareceu do Brasil, como no Nordeste, por exemplo. Mas nas grandes cidades, apesar das desigualdades sociais, era menos visível. A pandemia e o isolamento social, instaurado desde o início de março, tornaram urgente a ajuda para as famílias pobres que ficaram confinadas e sem recursos”..
Brasil 247