Dezenove deputados estaduais aproveitaram o período que foi 7 de março até 7 de abril para mudar de partido. Isso significa que 30% dos 63 integrantes da Assembleia Legislativa da Bahia trocaram de legenda durante a chamada “janela partidária”. Nesse período, tanto os parlamentares estaduais como os federais podem migrar para novas agremiações sem o risco de perder os mandatos ou sofrer qualquer outro tipo de sanção de infidelidade partidária imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com as mudanças, cinco legendas deixaram de existir na Alba, enquanto uma delas – o PR – voltou a ter representação no parlamento baiano. Quem mais perdeu deputados foi o MDB, que tinha cinco deputados e ficou sem nenhum em função do desgaste provocado pela prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima. A composição entre as bancadas de governo e oposição teve apenas uma mudança. O deputado Samuel Júnior deixou o PSC, do bloco oposicionista, e se filiou ao PDT, aliado do governador Rui Costa (PT). Os ex-integrantes do MDB se dividiram entre três partidos. Pedro Tavares, que presidia a sigla, Luciano Simões Filho e Leur Lomanto Júnior seguiram para o DEM, que saltou de seis para dez deputados. Já David Rios seguiu para o PSDB e Hildécio Meireles foi para o PSC, partido que dobrou de tamanho na Assembleia, passando de dois para quatro parlamentares. Além de Hildécio, o PSC filiou Soldado Prisco (ex-PPS) e Sidelvan Nóbrega (ex-PRB). Os tucanos, por sua vez, tiveram ainda o ingresso de Marcell Moraes, que saiu do PV, outra legenda que deixou de ter representação na Alba. Atrás do MDB, o PSL foi o segundo que mais perdeu e também ficou sem bancada. O ex-presidente do partido Marcelo Nilo seguiu para o PSB, enquanto Nelson Leal foi para o PP e Reinaldo Braga, para o PR. Os republicanos também tiveram a entrada de Marquinho Viana, ex-PSB, Vitor Bonfim e Paulo Câmara, que deixaram o PDT. Outro que perdeu representação foi o Pros, partido que era controlado pelo deputado federal Ronaldo Carletto (PP), que articulava para disputar o Senado, mas desistiu. A legenda perdeu os deputados Manassés e Alan Castro, que seguiram para o PSD, sigla que elevou sua bancada de sete para nove parlamentares. O PPS também deixou de existir na Alba. Além de Prisco, Targino Machado saiu do partido e voltou para o DEM, sigla pela qual foi eleito em 2014. O Podemos, por sua vez, tinha dois parlamentares e ficou com apenas um após a saída de Alex Lima, que migrou para o PSB e compensou o desembarque de Marquinho Viana. Leia mais no Correio*