Roberto de Sena, idealizador do projeto classificado em primeiro lugar na Lei Paulo Gustavo de incentivo a cultura, retornou esta semana as gravações do documentário sobre a vida do compositor barreirense Alcyvando Luz. Sena havia paralisados todas as atividades por conta do falecimento do seu irmão Romildo Sena. “Ainda está doendo muito mas os meus amigos me incentivaram, alguns foram até minha casa e me deram um ânimo para continuar” disse ele. O documentário é dirigido por Son Araújo, com fotografia de Otto e produção de Gabriel Sena.
A retomada das atividades foi feita com uma emocionante gravação da filha caçula de Alcyvando Luz, Rita Luz. Ela contou detalhes altamente relevantes sobre a vida de Alyvando. “Meu pai era emoção pura, uma sensibilidade extraordinária” disse ela. Rita por várias vezes chorou durante a gravação ao lembrar do pai. Mas esse detalhes o público vai ter acesso assim que o documentário ficar pronto. “Já estamos encaminhando para a fase de fechamento, falta uma viagem para Salvador e estamos na expectativa de uma entrevista com Caetano Veloso e Gilberto Gil que seria a cereja do bolo” diz Sena. Na gravação Rita estava acompanhada por seu esposo Virgulino (O famoso Gula do Kimarrei) que também se emocionou por várias vezes. Rita levou uma relíquia, o primeiro trompete da vida de Alyvando Luz que apresentaremos em outra matéria.
A próxima matéria será feita com a gravação da historiadora, professora e renomada escritora de Barreiras Ignês Pitta de Almeida. A previsão é que o documentário fique pronto em maio. “A fase de Barreiras já está terminando. Vamos agora para Salvador gravar os outros filhos de Alcyvando Luz e continuar na tentativa de uma entrevista com Caetano Veloso e Gilberto Gil” finalizou Sena.
Alcyvando Luz é um barreirense dono de um talento extraordinário. Foi um compositor gravado por João Gilberto, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Emílio Santiago e muitos outros. Em seu livro VERDADE TROPICAL Caetano Veloso cita Alcyvando em vários momento e fala sobre genialidade dele. Os tropicalistas costumam a se referir a Alcyvando como “Meu mestre”