Integrantes do gabinete do procurador-geral da República, Augusto Aras, defendem que o depoimento e as provas apresentadas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro sejam mantidos em sigilo. A informação é do jornal O Globo.
De acordo com reportagem, o sigilo seria mantido pelo menos até a realização de diligências no curso do inquérito que investiga as acusações feitas por Moro de ingerência.
Ainda segundo o jornal, esta é a posição de procuradores escalados por Aras para acompanhar a oitiva de Moro. O ex-ministro foi ouvido neste sábado (2) na superintendência da PF em Curitiba.
Eles argumentam que que a publicização do depoimento e de supostas provas pode levar a uma destruição de outras evidências, que viriam a ser obtidas, por exemplo, numa busca e apreensão em gabinetes do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O Globo informa ainda que o ministro Celso de Mello, relator do inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), já está com o material apresentado por Moro como prova de suas acusações. Caberá a ele a decisão sobre tornar público ou não o material.