Mais um icônico hatch compacto morreu no Brasil. A Renault oficialmente tirou o Sandero de linha depois de 15 anos, duas gerações e diversos modelos diferentes. Como a marca separou o aventureiro Stepway da linha Sandero, tanto que ele se chama Renault Sandero, esse é o fim oficial do hatch compacto.
A vida do Renault Sandero já não estava fácil. Ele atingiu seu auge em 2019 quando contava com versões 1.0, 1.6, recebeu câmbio CVT, tinha ainda o esportivo RS e acabava de ganhar mudanças visuais profundas. Foi o primeiro hatch compacto do Brasil a ter luz diurna de LED de série em todas as versões, mas depois disso, foi só ladeira abaixo.
A Renault começou a capar o modelo em 2020 quando tirou a versão CVT de linha por conta das baixas vendas. Isso porque, meses antes, havia revelado a versão GT Line com câmbio CVT. A baixa procura se deu por conta do visual pseudo-aventureiro obrigatório por conta da caixa de câmbio que rasparia em lombadas se mantivesse a suspensão normal.
Depois em fevereiro de 2021, o Sandero perdeu a opção de motor 1.6 no Brasil, se restringindo somente ao modelo 1.0 aspirado e ao esportivo RS com motor 2.0 dos tempos da Scénic. Justamente a idade do motor do modelo esportivo fez com que ele fosse morto na virada de 2021 para 2022 por conta dos níveis de emissões de poluentes.
Rapidamente a Renault tirou todas as versões do Sandero de linha e deixou somente a série especial S Edition. Ele trazia frente de RS, mas restante dos elementos de versões não esportivas. Era o começo do fim para o modelo, que havia se transformado em carro de Uber e de locadora.
A pá de cal foi jogada agora em outubro com o lançamento do Stepway 1.0. A nova versão do aventureiro chegou por R$ 77.990, enquanto o Sandero S Edition custava R$ 83.190. Nessa situação, quem compraria o hatch? Por isso a Renault decidiu encerrar de vez a vida do Sandero no Brasil.