No início da noite desta quinta-feira o prefeito de Luís Eduardo Magalhães amargou na própria injustiça de ter exonerado concursados através dos processos impetrados no último dia 21.
De acordo com a Juíza de Direito, Drª Renata Guimarães, através do mandado de segurança com pedido de liminar e deferida, os servidores Maece Bispo da Gama, Moisés Alves de Carvalho, Adenilton Oliveira de Melo, José Fernandes dos Santos e Cícero Raimundo dos Santos, fora determinado o retorno aos seus respectivos cargos.
Nota-se que o então prefeito eleito Junior Marabá prova o dissabor que o autoritarismo e a falta de assessoria jurídica competente faz para que as decisões sejam tomadas e executadas com segurança de agir de acordo com os rigores da lei que a vida pública exige.
Administrar um mercado onde teria mandado embora empacotadores por incompatibilidade eleitoral e sem direito a nada, parecia ser bem mais simples do que exonerar servidores concursados e que servem ao município há anos.
Essa foi apenas a primeira decisão de uma série de processos oferecidos ao Ministério Público que se acumulam. Dentre tantos, outro caso que repercutiu na mídia esta semana foi o da também servidora pública há mais de 10 anos, Cristiane Borges, que por ter ocupado seu labor durante os 4 anos na gestão passada dentro da Secretaria de Governo, a “cúpula de fora” a compreendeu como inimiga da gestão. Só não contavam com a possibilidade, mais uma vez, de que o manuseio da coisa pública muito se difere do todo privado. “A nossa diferença é só uma: vocês estão e nós somos”, disse certa vez a servidora Cristiane Borges.
Para além da vitória e por direito dos 5 servidores concursados desligados de forma suspeita, o imbróglio que cerca a vida pública de mais de 50 professores concursados só cresce e amarga na revolta de cada um deles, inclusive de quem fez campanha para o atual prefeito.
Respaldados pela lei e de acordo com a presidente do SINPROLEM, Lurdes, a situação é grave e requer da justiça total atenção. Ainda com a palavra, Lurdes relatou numa entrevista que sequer o sindicato foi recebido pelo prefeito e muito menos pelo Secretário de Educação, situação que jamais aconteceu durante os 6 anos que exerce o mandado de presidente.
Ainda se tratando de educação, há quem diga que toda essa situação com servidores, trapalhadas e brigas internas dentro do gabinete da “cúpula de fora”, tenha um motivo muito evidente e que o Ministério Público já estaria de olho no processo seletivo que foi feito. Na lista de pré aprovados, em contrapartida com as exonerações absurdas, aparece alguns nomes de professores concursados aprovados na seletiva. Fato esse divulgado na mídia também sem qualquer esclarecimento.
Desde a escolha do presidente da Câmara dia 1 de janeiro que aconteceu de forma histórica em Luís Eduardo Magalhães, em seu primeiro discurso de posse, o então prefeito Junior Marabá mostrou a que veio. Seu discurso odioso e rasgado de raiva deixou bastante claro que durante os 4 anos pela frente, a população do município amargará em vinganças políticas, perseguições e sofrerá nas mãos de quem sequer é da cidade, voltando há 21 anos atrás quando era um mero “pedaço” de Barreiras.