Meu São Sebastião,
Desde menino, ouvi bater o sino.
Sempre sorria quando ouvia seu hino.
Que saudades das lindas procissões,
Das novenas, das quermesses,
Dos tempos de outrora, que não volta jamais.
Do professor Ivardo, de Dona Carmenice,
De Dona Maria Antonia, de Seu Antonio Benício,
De minha mãe,
De Dona Dete, da Banda do Biriba,
Do Hélio Ribeiro,
De Ana Viúva e de Dona Veré,
Da rapaziada encantada, do Clareza,
Batista, Carlos Abdon, Carlos Luiz, Bira Lima, Roberto de Sena,
Seu Casimiro.
Meu São Sebastião,
O senhor, no andor, era uma forma de poema
Hoje só a saudade que restou
Ficou para magoar meu coração
Meu São Sebastião,
Diante da sua imagem
Tão castigada, tão linda, tão bela,
Penso na minha cidade,
Peço que ore por ela.
Do poeta Ronaldo Sena.