A chuva cai mansa
Molhando as plantas de meu quintal
E eu
Saudoso
Bebericando um bom vinho português
Caríssimos amigos
Não podia deixar de lembrar de vocês:
Primeiramente
Roberto de Sena
Poeta, jornalista e contista
De atitudes maneirinhas
Como convém ao povo de Barreirinhas…
Rildo Sena
Seu irmão
Não fica atrás
Com seus versos bêbados
Carregados de poesia
Por mais que não pareça
É
Poeta noite e dia
Bebendo ou sem beber
Na tristeza ou alegria
É um poeta de verdade
Sem nenhuma histeria…
Durval Nunes
Que as nuvens de nós levou
Seu legado também deixou…
E o que dizer de Clebert Luiz
O poeta do boné
Cognominado de Careca
Amigo recluso, mas boa praça
Com seu estilo refinado
Por entre a poesia
O teatro e a música
Suavemente
Serenamente
Passeia…
Não
Não
Não
Me esqueci de vocês
Nave de Papel
Martiniano e esposa
E o saudoso Rivelino que,
Se ele existir,
Hoje canta no céu…
Vierinha entre nós
Dispensa comentários
Cafoba inesquecível
Xuma extraordinário
Randesmar
Para mim
Um gênio
Agamenon gênio inigualável
Cordeiro
Se
Sempre certeiro
Amigo de todo jeito…
É por isso que eu digo:
Tenho muito orgulho,
Entre outros mais,
De trazê-los
Bem guardados dentro
Bem fundo
Desse meu imenso peito…
Mas quem não foi citado
Faça como Gil do Além
Irmão em qualquer praça
Mesmo não se sabendo poeta
Sempre haverá poesia
No que faça.
Que chuva boa!
Que chuva gostosa!
Eu até perdi o sono
E
Num assomo
Exclamo embebido de loucura e poesia:
Não se vá, noite minha,
Não me deixe, chuva nobre ,
Imergir no caos profundo
Só vai quem pode!
Barreiras, 03/03/2024