
O líder do MDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, disse neste sábado, 02 de julho, dia da Independência da Bahia que não reconhece autoridade política em ninguém para apontar o dedo contra ele. Como se sabe, Geddel foi preso depois que um apartamento, supostamente ligado a ele, foi descoberto com cerca de 50 milhões de reais armazenado em seu interior.
A polícia e os órgãos de investigação até agora não disseram a origem do dinheiro e nem se pertence a Geddel ou não. Tanto é que ele está solto e voltou com tudo à cena política baiana.
O fato, meus amigos e minhas amigas, ou como diria o radialista França Teixeira, minha cara e nobre família baiana, é que Geddel mandou um recado duro e direto aos políticos da capital e do interior. Concordem ou não com ele, é certo que poucos políticos podem bater o no peito e dizer: eu não passei por escândalo de corrupção, eu não tive a Polícia Federal nos meus calcanhares e nem chegando no raiar do dia na minha casa, me dando um baculejo, me levando computadores e celulares para investigações que ainda estão se desenrolando e que podem ter desdobramentos no futuro.
Traduzindo: Geddel disse para não mexerem com ele durante a campanha, afinal ele conhece todos os bastidores da política baiana e, supostamente poderia saber de fatos que teriam potencial para demolir o mundo político da terra de Gregório de Matos e Guerra.
Geddel, mesmo preso, vale lembrar, não delatou ninguém, manteve o silêncio e segurou a batata quente sozinho. Suponho que existe, no cenário atual, muitos políticos de alto coturno, por essa Bahia a fora e adentro, que deve agradecimentos de joelho a Geddel, por não terem sido delatados no auge da operação lava jato.
Portanto, o recado de Geddel deve ser bem entendido e aqueles que tiverem juízo e, sobretudo, tiveram investigações correndo na Polícia Federal (ou não), devem ficar bem caladinhos com o rabo entre as pernas para não correrem maiores riscos. A campanha só está começando e muita coisa ainda virá por aí nos próximos meses.
Roberto de Sena
Mural do Oeste