A prisão de Geddel Vieira Lima gerou grave prejuízo para o MDB da Bahia. O partido, que inclusive trocou de nome, viveu anos de rearranjo com um desempenho decepcionante nas eleições de 2018.
Considerada um dos motivos que fizeram ACM Neto desistir das eleições de 2018, a derrocada dos irmãos Vieira Lima está umbilicalmente ligada com o período de marasmo da sigla na política baiana. Quando Lúcio não foi reeleito deputado federal em 2018, haviam 43 anos que o Congresso Nacional não ficava sem um integrante da família Vieira Lima. Não à toa, o partido tentou se desenvincilhar da imagem dos irmãos.
Mas, em 2020 o futuro deve repetir o passado. Lúcio Vieira Lima participou de um encontro na casa do prefeito de Salvador, ACM Neto, em que selou o apoio do MDB à Bruno Reis (DEM). Após o acordo, Lúcio ressurgiu na imprensa baiana, com várias entrevistas, onde dita qual vai ser o papel do MDB nas eleições municipais da capital. Lúcio exige Geraldo Júnior (SD) vice de Bruno Reis (DEM) ou presidente da Câmara. Afirma que está se aposentando, mas não estabelece data para isso, e, deixa claro que participou da articulação do bloco MDB, SD, PTB e PSC.
O fato é que o nome Viera Lima deixou de ser palavrão no ninho do MDB.
Em Barreiras o MDB tem como protagonistas a vice-prefeita, Karlúcia Macêdo, e o vereador Eugênio . Karlúcia sempre manteve excelente relação com os irmãos Vieira Lima. É acompanhar, para ver como o retorno dos Vieira Lima à coordenação do partido pode influenciar o rumo dos ventos no Oeste da Bahia.