Os Estados Unidos ultrapassaram nesta quarta-feira (15) a marca de 800 mil mortos devido à pandemia de Covid-19, segundo dados da Universidade Johns Hopkins e do Our World in Data, enquanto o país enfrenta temor da variante ômicron.
Entre o fim de novembro e o início de dezembro, os óbitos voltaram a subir, chegando ao mesmo nível de novembro do ano passado — quando não havia vacina —, mas abaixo do pico visto em setembro, segundo dados do Our World in Data.
O jornal americano The New York Times aponta um aumento de 40% nas mortes nos últimos 14 dias —nesta terça (14), a média móvel registrada, ainda de acordo com o Our World in Data, foi de 1.261 mortes diárias.
A marca foi alcançada em meio a uma alta de 49% dos casos nas duas últimas semanas, aponta o NYT, e ao sequenciamento da variante ômicron na África do Sul e sua posterior chegada aos EUA. De 27 de novembro para cá, segundo o Our World in Data, a média móvel de infecções passou de 71.690 para 119.887.
Apesar do temor da nova cepa, ela representa apenas 2,9% dos sequenciamentos feitos em solo americano. Já a delta corresponde a 96,7%, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
Os especialistas do CDC também divulgaram um alerta de que o país pode enfrentar uma onda de ômicron com pico de novos casos em janeiro. No pior dos cenários projetados pelo órgão, os americanos devem enfrentar o que foi chamado de “golpe triplo” —uma mistura de casos da ômicron, da delta e da gripe comum que pode sobrecarregar novamente o sistema de saúde dos EUA.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a ômicron se alastra com uma velocidade sem precedentes. Tedros Adhanom, diretor da entidade, afirmou nesta terça que a nova cepa já foi encontrada em 77 países.
Folha de S. Paulo