A saída dos médicos cubanos provocou forte impacto em Barreiras e oito postos de saúde foram fechados deixando à população sem atendimento. O assunto foi destaque na imprensa nacional, através do G1, portal de notícias de Rede Globo, que mostrou a situação nos postos de saúde da capital do Oeste Baiano. Moradores reivindicam que sejam mandados médicos contratados pela prefeitura imediatamente para os postos. Já à prefeitura argumenta que só pode fazer isso depois que forem liberados novos médicos do programa Mais Médico. Até o momento nenhum médico brasileiro se apresentou como voluntário para substituir os cubanos em Barreiras.
Uma das unidades de Barreiras que suspenderam o atendimento foi o posto de saúde Clara Cecília, que fica localizado no bairro Vila Rica. O único cubano que trabalhava no local foi dispensado na terça-feira (20). Quem foi até o posto na manhã desta quarta-feira teve que voltar para casa sem ser atendido. Do lado da porta da unidade de saúde, um cartaz foi colocado com a seguinte mensagem: “A partir de hoje, não terá mais atendimento médico e isso é por tempo indeterminado”.
A Secretaria de Saúde de Barreiras informou que, com a saída dos cubanos e a suspensão dos atendimentos nos postos, a população será redirecionada para outras 18 unidades de saúde do município.
“Esses atendimentos eles são não necessariamente pré-agendados, mas os atendimentos serão direcionados as demais unidades. Nós temos um leque de 26 unidades no nosso município. Apenas 8 ficaram carentes por conta da saída desses médicos, por um período de tempo. Então, nós não poderemos colocar um novo médico nessas unidades por conta de um credenciamento do programa Mais Médicos, que continua existindo. Assim que o Ministério da Saúde liberar os médicos, essas unidades aguardarão esses médicos para suplantar essas vagas que foram, então, agora, extintas pelo programa de Cuba”, disse o secretário de Saúde Anderson Vian.
No posto de saúde Antônio Lúcio Peixoto, que fica na Vila Rica, também não há mais atendimento desde a segunda-feira (19). No local, atuava uma médica de Cuba, que também foi embora. Os moradores que dependem o posto de saúde dizem não saber o que fazer.
Mural do Oeste com informações do G1 e do Mais Oeste