Eurico disse ao Mural do Oeste que Ricardo também receberá a Comenda 26 de Maio por ser um barreirense que, morando em Brasília, honrou o nome da nossa cidade. No discurso, o vereador disse que Ricardo atuou por 3 anos no Centro de Controle de Zoonoses do Distrito Federal e por 30 anos como funcionário de carreira do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), onde exerceu entre outras funções os cargos de Coordenador de Registro e Fiscalização de Medicamentos Veterinários e de Diretor do Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários.
Aposentado desde 2019, atua como consultor técnico em produção e controle de qualidade de medicamentos veterinários de empresas fabricantes no Brasil e no exterior e do Sindicato das Indústrias de Produtos para a Saúde Animal – SINDAN, entidade que agrega 90 empresas produtoras de medicamentos veterinários no país.
Sobre o projeto de produção de vacina contra a Covid 19 pela indústria de Saúde Animal
Como consultor do SINDAN, Ricardo Pamplona participa de discussões que envolvem a ANVISA, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e MAPA, sobre a possibilidade da realização de parcerias entre as empresas do setor de saúde animal e as detentoras da tecnologia de vacinas contra a Covid 19, para que essas vacinas sejam produzidas nas indústrias veterinárias, considerando que essas possuem o know how para fabricar vacinas inativadas cultivadas em células, a mesma utilizada na produção da Coronavac, do Instituto Butantan.
Três indústrias que produzem vacinas contra a febre aftosa, possuem capacidade para juntas produzirem anualmente 500 milhões de doses em instalações laboratoriais com nível de segurança biológica NSB3+ todas certificadas pelo MAPA, as quais podem ser rapidamente adaptadas para produzir a vacina inativada contra a Covid – 19. E considerando que a vacina contra a Covid é disponibilizada em um volume de dose menor do que o da vacina contra a febre aftoso, estima-se que a indústria veterinária brasileira possa produzir, em um período de seis meses, até 180 milhões de doses da vacina anti-Covid inativada, cultivada em células, a partir do momento da obtenção da tecnologia (fórmula completa e sementes do vírus), sem prejuízo do abastecimento da campanha de vacinação contra a febre aftosa.
Ricardo Pamplona participa também das discussões com o MCTI a realização de parcerias para a produção de vacinas que utilizam outras tecnologias, cujos projetos de desenvolvimento estão sendo financiados por aquela pasta.
Segundo ele, a grande vantagem na realização dessas parcerias é a capacidade de produção da indústria veterinária em volume suficiente para atender com folga a demanda por vacinas no Brasil e até em outros países, alem da eliminação da dependência de importação da vacina pronta ou do Ingrediente Farmacêutico Ativo – IFA, com ganhos significativos no tempo e no custo de produção.
As discussões sobre o tema continuarão no âmbito das instituições envolvidas. O início da produção depende de acordos entre as empresas proprietárias das vacinas anti- covid e as empresas fabricantes que se interessarem pela parceria, para fins de transferência da tecnologia de cada vacina, além da aprovação das instalações fabris pela Anvisa. “É um grande barreirense e merece a nossa homenagem”, disse Eurico Queiroz.