Ano de eleição, o candidato a reeleição lembra-se do eleitor e esquece que durante quatro anos de mandato, seja exercendo cargo executivo ou legislativo, não fez a devida comunicação as suas bases eleitorais. O marketing político, que é feito durante o exercício do mandato com estratégias de comunicação permanente, mantendo os seus eleitores informados sobre as ações do mandato, em muitos casos é negligenciado, até mesmo pelas instituições governamentais, prefeituras e ou câmaras municipais: um erro fatal dos mandatários políticos em mandato.
Com isso, vem à tona, na boca de cada eleitor, a velha frase: ”eles só aparecem em ano de eleição”. O fundamento desse conceito reside justamente no fato dos políticos não fazerem o dever de casa, não mantendo um relacionamento com a sua base eleitoral, prestando conta do mandato com informações de interesse do cidadão; falha de comunicação, o que favorece o eleitor lançar mão de informações que lhe permite excluir (mandato negativo) e de informações que lhe permite escolher (mandato positivo).
Sabemos que o eleitor busca em uma eleição é descobrir qual, dentre os candidatos em disputa, se eleito, provocará mudanças que afetarão positivamente sua vida pessoal e da sua comunidade. Fatalmente entra em cena, no processo mental do eleitor, a avaliação do que o político fez do mandato, o desempenho dele enquanto prefeito ou vereador (cargos em disputa nas eleições de 2020). Embora a avaliação retrospectiva, funciona como um fator de eliminação, recomenda ou condena, na hora da eleição, predomina na mente do eleitor “o que pode acontecer caso aquele candidato seja eleito”? O que ele, sendo eleito, vai fazer? O que ele está falando que vai fazer? Isso porque o que ele fez passa a ser passado. A avaliação eleitoral, ou avaliação prospectiva, digamos assim, baseia-se nas propostas, nos argumentos de voto do futuro gestor ou vereador, também se a mensagem da candidatura está sintonizada com as prioridades do eleitor, o que consequentemente projeta a decisão de voto.
Embora na prática fica claro que a condição para garantir uma reeleição é uma ótima avaliação do mandato, não se pode confiar nesse critério, pois muitos prefeitos bem avaliados têm perdido a eleição, por não apresentar novas propostas, ou seja o que vai fazer, caso seja reeleito, mas por confiar no que já fez, ficou no já era!
Portanto seja um cidadão comum interessado na política e na cidade, e, não mais um interesseiro que aparece porque quer voto.
Por Maglon Ribeiro