28/04/2024
CACHORRO MORRE APÓS SER ESQUECIDO EM CARRO DE PETSHOP EM VITÓRIA DA CONQUISTA
Um cachorro da raça shih-tzu de cinco anos morreu em Vitória da Conquista após ser levado para um petshop no município. Na denúncia feita pela esteticista Rosemeire de Oliveira Martins, tutora do animal, foi informado que o pet ficou esquecido dentro de um carro do estabelecimento. De ac ...
Paris, França – Um novo tratamento para a tuberculose resistente a antibióticos alcançou uma taxa de sucesso de 90%, de acordo com os resultados de testes clínicos consultados pela AFP nesta segunda-feira (22), que podem ser cruciais na luta contra essa doença mortal.
Uma equipe de médicos de Belarus (um dos países com a maior taxa de tuberculose multirresistente) vem tratando pacientes por vários meses com este novo tratamento, a bedaquilina, combinada a outros antibióticos. Os resultados são edificantes: dos 181 pacientes, 168 estão completamente curados.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas 55% das pessoas com tuberculose multirresistente podem ser curadas.
A taxa de sucesso do estudo bielorrusso (93%) foi replicada em outros ensaios clínicos com bedaquilina no Leste Europeu, África e Sudeste Asiático, de acordo com as conclusões deste estudo consultado pela AFP e que deve ser apresentado esta semana em uma cúpula sobre tuberculose.
“Os resultados deste estudo confirmam (…) que novos tratamentos como a bedaquilina podem curar e são uma ótima novidade para aqueles que vivem com tuberculose multirresistente ou muito resistentes ao tratamento com antibióticos”, comentou com a AFP a médica Paula I Fujiwara, diretora científica da União Internacional Contra a Tuberculose e Doenças Pulmonares (UICTMR), que não participou do estudo.
A tuberculose, doença transmitida por via aérea, matou 1,7 milhão de pessoas em 2017, de acordo com a OMS, tornando-a a doença mortal mais transmissível do mundo.
117 países
Um estudo publicado na revista médica The Lancet em 2017 estimou que, em 2040, 12,4% dos casos de tuberculose devem ter sido causados %u200B%u200Bpor cepas resistentes aos antibióticos.
Segundo a OMS, cepas de tuberculose multirresistente foram relatadas em pelo menos 117 países.
A tuberculose é causada por uma bactéria que afeta mais comumente os pulmões, mas também os rins, gânglios e ossos.
A infecção pode permanecer em silêncio por anos antes de a pessoa afetada adoecer. Altamente contagiosa, é favorecida pela desnutrição, idade (menores de cinco anos e idosos), ou ainda pelo HIV.
Ao contrário de muitos antibióticos, a bedaquilina não ataca diretamente as bactérias, mas tem como alvo as enzimas com as quais elas se alimentam.
“No geral, nosso estudo confirma a eficácia demonstrada pela bedaquilina em estudos anteriores e invalida as preocupações sobre os perigos dos efeitos colaterais”, disse a pesquisadora Alena Skrahina, que liderou o estudo bielorrusso. Se todos os pacientes do estudo sofreram efeitos colaterais, eles foram menos graves do que o esperado.
Na Assembleia Geral da ONU no final de setembro, os líderes mundiais prometeram acabar com a pandemia de tuberculose até 2030, elevando a 13 bilhões de dólares as necessidades anuais para atingir essa meta.
“Precisamos urgentemente de tratamentos acessíveis, como a bedaquilina, se realmente quisermos curar as 600 mil pessoas com tuberculose multirresistente a cada ano e evitar quase um quarto de milhão de mortes”, estimou Fujiwara.