Eu estava numa pior .
Muito .
Lendo um “ causo , “ muito bem escrito , pelo Sir Armando Sampaio , gargalhei demais e mandei o baixo astral pra puta que o pariu !
Revivendo a dita estória , garrei a imaginar a reação da viúva :
A bichinha muito comovida com a presença , no velório , do Monsenhor Luciano Ribeiro , , exclamou :
“ Prof. Luciano, meu marido – Lá dela – morreu quinem um passarinho ….
Olhem só a resposta de Luciano :
“ Ele foi badogado ou comeu alpiste envenenado “ ?
Pode uma coisa dessa ?
Então , falando de velório , me animei pra contar um causo .
Era uma vez , lá no oeste , uma senhora bonituda , muito generosa e casada .
Essa criatura de Deus só fazia doações em dois horários :
De dia e de noite .
Pródiga , não carecia de muita conversa :
Bastava , um RAMO ?
Só se for agora , respondia .
O marido , homem do bom viver , logo entrou na Confraria de São Cornélio , na modalidade de contrafeito .
O tal marido nunca se tornou um conformado .
Jamais jogou no time do “ LAVOU TÁ NOVA “ ou no grupo do “ CHIFRE FICOU PRA HOMEM ! BOI USA PORQUE É BICHO OZADO E DESASSUNTADO !
O homem padecia por demais !
De tanto sofrimento , um dia , caiu têso e preto .
Morto , muito morto !
De tão querido que era , seu velório foi uma grandeza .
Gente de tudo que é canto .
Bules e Bules de café .
Uma ruma de pacotes de bolachas .
Quilos de peta .
Como ninguém é de ferro , rolou , com fartura , litros e litros de uma cachaça brejeira .
Pois bem .
Um bêbo botou uma cadeira e amuou no pé do caixão .
Chorava mais do que carpideira de aluguel e não parava de gritar :
Você não merecia isso !
Romãozinho , o Cão Menino , achou de atentar , na figura de outro bêbo , que foi logo perguntando , ao pareceiro de copo e de Cruz :
“ Morreu de quê “ ?
“ Foi coração “ ?
O outro Bêbo , respondeu na hora :
“ Foi não “ !
“ FOI CHIFRE MESMO “ !
Prestou não ….
Puf ! Apagaram a luz e cobriram o desinfeliz de mãozadas .
O danado se picou e caiu na maravalha ….
Mas , até hoje , quando se fala em chifre , o cangote do Bêbo dói ….
Era uma vez ….