Como fazer para que seus anseios tenham cabimento na realidade cotidiana? Faça disso o desafio maior para os próximos tempos, porque a alma enxerga panoramas que, por enquanto, não teriam cabimento na realidade.
É impossível dar um passo maior do que a perna, a não ser que você pretenda isso mesmo e pague o preço, que não se pode saber antecipadamente qual seria, só que haveria mesmo um preço por esse atrevimento.
Provavelmente, você enxerga o que para as outras pessoas passa despercebido, e aí você pretende esclarecer, mas como esclarecer alguém que não enxerga o que você enxerga? Essa é uma pretensão fadada ao desapontamento.
Aqueles conflitos que não se pode expressar são justamente a fonte de todos os ressentimentos. De uma maneira ou de outra, não deixe passar em branco nenhuma oportunidade de expressar aquilo que lhe dá nos nervos.
Se as tarefas fossem divididas com justiça, nunca haveria queixas, mas acontece o contrário, e de forma solapada ainda, sem se colocar as cartas verdadeiras sobre a mesa. Cuide para que isso aconteça com menos frequência.
Há tempos em que é relativamente simples existir, mas há outros em que a sucessão de tensões e conflitos complica bastante o que deveria ser simples. Nada a fazer a não ser aceitar a sequência e oscilação dos ciclos.
Este é o momento em que sua alma duvida da própria capacidade, porque apesar de a ambição sinalizar perspectivas que entusiasmam, ao mesmo tempo lhe dá uma sensação de impertinência. Duvidando ou confiando, siga em frente.
Sua alma é uma excelente investigadora, e esse dom seria muito bem aproveitado se servisse ao propósito de você reconhecer como é que acaba sempre se metendo em encrencas, apesar de pretender evitar todas.
Todas as tensões precisam ser passadas a limpo, mas há de se encontrar a hora em que as pessoas envolvidas também queiram o mesmo, porque de outra forma você bateria em teclas que ninguém dá a mínima importância.
Procure reconhecer que você dá trabalho a você, complicando situações que poderiam ser administradas com mais leveza, dado não terem tanta importância assim. É valorizando o que não tem valor que tudo se complica.
Desconhecer o que se deseja não diminui a força do desejo. Nossa humanidade é abstrata o suficiente para desejar, sentir essa força, ser atraída à ação, sem, no entanto, conhecer o que busca e o que lhe espera.
Entre o que você gostaria de fazer e o que pode ser feito há uma tensão constante, que requer administração sábia, porque de outra maneira produziria uma irritação destrutiva que jogaria todos seus planos por terra.