Um ministro com assento no Palácio do Planalto disse à reportagem que as tentativas do Ministério da Defesa de encontrar fraudes na urna eletrônica não foram “bem-sucedidas”.
De acordo com esse auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (PL), especialistas e estudiosos do assunto afirmam haver uma série de evidências de fragilidades, mas ressalvam que a tecnologia dificulta a obtenção de provas.
Para ele, trata-se de uma “situação delicada”. Mas, acrescenta, é natural que esteja sendo capitaneada pela Defesa, por ser um assunto de soberania nacional.
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, determinou nesta terça-feira (18) que o Ministério da Defesa entregue, em 48 horas, cópia dos documentos existentes sobre a auditoria das Forças Armadas no processo eleitoral. A pasta vem silenciando sobre o assunto desde a realização do primeiro turno das eleições.
Na decisão, Moraes afirma que a atuação das Forças Armadas, em possível alinhamento a Bolsonaro, pode caracterizar desvio de finalidade e abuso de poder.
Essa também é a interpretação de auditores do TCU (Tribunal de Contas da União) e de procuradores do Ministério Público. Para eles, o ministro Paulo Sérgio Nogueira e os demais envolvidos na auditoria podem responder por improbidade administrativa.
Juliana Braga/Folhapress