O empresário Paulo Marinho afirma que não houve ameaça a Jair Bolsonaro no vídeo que ele divulgou na quarta (27) para responder a ataques do presidente.
Mais cedo o filho dele, André Marinho, fez perguntas ásperas a Bolsonaro em um programa de rádio. O presidente respondeu afirmando que “o teu pai quer a cadeira do Flávio Bolsonaro [Marinho integrou a campanha de Bolsonaro e foi eleito suplente do senador]”.
Em um dos trechos de sua resposta, Marinho cita o ex-ministro Gustavo Bebianno, um dos homens fortes da campanha de 2018 com quem Bolsonaro acabou rompendo. Bebianno morreu em 2020. Paulo Marinho era seu confidente.
“Você lembra do nosso amigo Gustavo Bebianno?”, pergunta o empresário, dirigindo-se a Bolsonaro. “Talvez você já tenha esquecido dele, né? Com certeza já esqueceu. Mas ele não lhe esqueceu. Pode ter certeza disso”, segue Marinho. “Quando você estiver chorando no banheiro do Palácio [da Alvorada], lembra dele [do Bebianno], capitão. Ele não te esqueceu”, finalizou o empresário.
Bolsonaro já afirmou a seguidores que costuma chorar no banheiro de madrugada. “Não teve ameaça alguma na minha fala”, diz Paulo Marinho à coluna.
Ele afirma que apenas se recordou de Bebianno, que era espírita. “A fé dele me impressionava muito. E eu tenho certeza de que a alma do Bebianno ainda está pairando naquele Palácio [da Alvorada, residência oficial do presidente]. Talvez seja esse o motivo de Bolsonaro chorar no banheiro daquele palácio assombrado”, finaliza ele.
Mônica Bergamo/Folhapress