
Por Itapuan Cunha
Na manhã de ontem recebi ligação telefônica de José Tenório de Souza, editor do Jornal Novoeste. Preocupado estava com o arrombamento feito nas dependências do Jornal, por pessoas desconhecidas, que destruíram portas e, estranhamente, nada roubaram, apenas espalharam documentos pelo chão.
Difícil é sabermos o motivo dessa invasão. Todos sabem que o Novoeste existe há 26 anos e até agora jamais tinha sido alvo de um atentado de tal amplitude.
Conversamos, eu e o Tenório, sobre o ocorrido, mas não nos ocorreu sequer pensarmos em eventuais invasores. Não temos a quem atribuir tamanha falta de respeito, de civilidade. Trata-se, não resta dúvida alguma, de uma atitude de vândalos.
Sala de Tenório
Amigos dizem que a agressão ao Novoeste é o revide de alguns aficionados da política, insatisfeitos com eventuais críticas, mas também não concordamos com a possibilidade.
Pensou-se, ontem mesmo, na formalização de uma queixa policial, mas de pronto foi arguida a pouca chance que uma perícia teria em desvendar ao menos um motivo ensejador do grave delito.
Em suma, a depredação cometida será inserida no rol dos delitos insanáveis, algo muito comum num país que consagra a prática que protege políticos corruptos, protegidos por leis por eles mesmos produzidas. Há ressalvas, é óbvio, mas hoje em dia não são frequentes como outrora.
Itapuan Cunha
Editor