
por Folhapress
“Ele entende o que está acontecendo. É dia após dia. Em alguns ele interage melhor, em outros ele fica um pouco triste e interage menos, mas está conseguindo”, conta Arlindinho, que revela uma evolução no tratamento do pai.
“O médico cancelou a fono [fonoaudióloga]. Falou que ele não teria condições de voltar a falar ou mexer a boca e mandou cancelar. Minha mãe que negou: ‘Não, mas não tem a possibilidade mínima? Ele vai voltar a falar, sim, ele vai abrir a boca, ele vai comer’. Então, ele voltou a mexer a boca e o médico pediu desculpas”, relata.
Para Arlindinho, o pai sabe que, no mundo da música, ele só vai curtir as homenagens a ele. “Tudo que ele podia fazer pelo samba ele já fez. Agora é viver para ele, curtir, ver suas obras sendo regravadas e, as inéditas, apresentadas por outros artistas. Tudo o que ele fez não vai morrer, será eterno e acho que [agora] é ele voltar para entender que o mundo do samba o ama e que ele é um artista incrível”, afirma.
MURAL DO OESTE / Com Bahia Notícias