O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deu 60 dias para que o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) apresente documentos que mostrem quais cargos foram ocupados pelo filho da desembargadora Sandra Inês, Vasco Rusciolelli Azevedo, ambos presos na Operação Faroeste.
A desembargadora, inicialmente, estava no polo passivo do procedimento administrativo, apontada como uma das que facilitaram a ocupação de cargos interinos por Vasco, Carolina Rusciolelli e José Fabiano Araújo Cardoso, todos lotados em cartórios de registros de imóveis na Bahia.
A magistrada, porém, alegou, em defesa apresentada no ano passado, que não tem nenhum parentesco com Carolina nem participou do julgamento de nenhuma ação em que o filho era parte.
No mesmo documento, ela “sustentou a legalidade das nomeações de seu filho, Vasco, para assumir serventias na condição de interino e afirmou a ausência de configuração de nepotismo no caso em comento, visto que seu filho foi aprovado em concurso público”.
O Corregedor-Nacional de Justiça, Humberto Martins, apesar disso, solicitou, desde meados de 2019, ao TJ-BA que informe se as interinidades assumidas por Vasco, Carolina e José Fabiano por meio de decisões judiciais aconteceram dentro das normas internas da Corte, o que ainda não foi feito.
Humberto, em despacho proferido no dia 22 de julho de 2020, mais uma vez insistiu no pedido destinado ao TJ-BA, desta vez, concedendo o prazo máximo de 90 dias para que todas as informações sejam prestadas, diante da acusação de que os cargos foram recebidos de maneira fraudulenta e facilitados por meio de decisões judiciais encomendadas.
Via: Política Livre