Marina Silva (REDE) anunciou nesta segunda-feira (22) o apoio a Fernando Haddad (PT). A candidata que perdeu em primeiro turno havia afirmado anteriormente que atuaria apenas pela oposição, pedindo que seus eleitores não votassem em Jair Bolsonaro (PSL), sem orientar diretamente que escolhessem o petista.
“Diante do pior risco iminente, de ações que, como diz Hannah Arendt, ‘destroem sempre que surgem’, ‘banalizando o mal’, propugnadas pela campanha do candidato Bolsonaro, darei um voto crítico e farei oposição democrática a uma pessoa que, ‘pelo menos’ e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental, que é o professor Fernando Haddad”, afirma em nota.
No comunicado, Marina afirma ainda que os partidos de centro não foram capazes de se mobilizar. “A frente política autointitulada democrática e progressista não se mostra capaz de inspirar uma aliança ou mesmo uma composição. Mantém o jogo do faz-de-conta do desespero eleitoral, segue firme no universo do marketing, sem que o candidato inspire-se na gravidade do momento para virar a própria mesa, fazer uma autocrítica corajosa e tentar ser o eixo de uma alternativa democrática verdadeira”, escreveu.