Um leitor do Mural do Oeste nos enviou a seguinte mensagem relatando a espera e os problemas no atendimento da UPA de Barreiras:
”Dez minutos para fazer a ficha, 1h30min para passar pela triagem, pouco mais de duas horas para ser atendido. Quem foi na Unidade de Pronto Atendimento do bairro Santa Luzia, a UPA de Barreiras, na noite deste domingo, (05/10), passou um verdadeiro perrengue.
Não obstante a situação de enfermidade, que, por si só, já é uma lastima, a superlotação da unidade de saúde levou as pessoas presentes à um alto nível de estresse e descontentamento.
Principalmente, das 19 horas às 22 horas, dúzias de pais com crianças no colo disputavam prioridade de atendimento com pessoas apresentando escoriações leves, decorrentes de queda de moto ou brigas, sendo os dois tipos de pacientes preteridos quando chegava alguém desacordado, convulsionado ou qualquer grau maior de risco.
Por volta da 21h30min, do lado de fora da UPA, um desentendimento entre familiares de um paciente que chegou tendo convulsões chegou a assustar quem estava mais próximo. O pai do paciente, aparentemente embriagado, foi agredido com um capacete por um familiar da esposa do rapaz internado. Um único guarda municipal assistia a cena dantesca. Em menos de meia hora depois, quatro guardas municipais chegaram à unidade e ali permaneceram por pouco minutos.
Esse fato gerou, ainda, mais burburinho entre os pais presentes. “Deixam de dar prioridade para as crianças para atender um monte de bêbados”, reclamava mais incisivamente um senhor que acompanhava a filha e um neto, criança de colo.
Por voltas das 23h30min, “o ritmo de atendimento voltou ao normal”, como comentou uma funcionária. Ficha feita imediatamente após a chegada. 15 minutos para passar pela triagem. 40 minutos à uma hora, para ser atendido. Entre todos os presentes a conclusão era a mesma: No H.O. está, ainda, pior!”.