A realização do carnaval no ano que vem tem gerado opiniões divididas entre especialistas, autoridades e na sociedade em geral, assim como eventos promovidos pelo Poder Público de celebrações em Estados e municípios do Réveillon, em meio à quarta onda de covid-19 que assola países da Europa.
O médico sanitarista e fundador da Anvisa, Gonzalo Vecina Neto, em entrevista ao Terra, fez ponderações quanto à realização das festividades, principalmente pela falta de protocolos sanitários vistos em aglomerações deste tipo, a falta de controle de pessoas já imunizadas e também pelo grande contingente populacional que avalia estar totalmente suscetível a se infectar pelo vírus da covid-19.
Segundo o Vecina, se for permitido ou incentivadas aglomerações, com muitas pessoas na rua sem separação dos vacinados e não vacinados nestes eventos, poderá haver uma explosão de casos.
Vecina calcula que cerca de 60 milhões de pessoas ainda não têm nenhuma proteção contra o novo coronavírus, seja porque não foram vacinadas ou porque ainda não foram expostas à doença. “30% de 200 milhões de pessoas são 60 milhões de pessoas, é muita gente. E a probabilidade de ocorrer uma explosão de casos se as pessoas não usarem máscara, se aglomerarem, como ocorre no réveillon, no carnaval, é muito grande.”
E continua. “Estamos em uma situação boa agora, mas temos que manter o mínimo de respeito por uma doença que continua existindo, ela não desapareceu, ela está aí”.
Fonte:TERRA