
Eduardo José Barros Costa, que foi preso nesta quarta-feira (20), na operação da Polícia Federal sobre a suspeita de fraudes na Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), foi apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como “conhecido agiota” de políticos e empresários no estado do Maranhão. O mesmo também é acusado de usar documentos falsos e ter duas certidões de nascimento, três registros de CPF, dois registros de identidade e dois títulos de eleitor.
Os investigadores da PF afirmam que, “Eduardo DP”, como é conhecido, cobrava débitos de campanha com licitações fraudadas com dinheiro federal. Ele ainda foi indicado como o real proprietário da Construservice, empresa que se tornou a vice-líder em obras da Codevasf sob o governo Bolsonaro.
“A materialidade do delito se encontra cabalmente comprovada nos autos, por meio do ofício apresentado pela 48ª Zona Eleitoral, na qual discorre sobre a inexistência dos documentos especificados em suas bases de dados. Em decorrência da análise das provas carreadas, entendo que o crime de uso de documento falso recai indubitavelmente sobre os réus”, afirma texto que condenou Eduardo Costa a quatro anos de reclusão.
As informações ainda dão conta de que além dos múltiplos documentos, Eduardo usava integrantes da família como laranjas em seus negócios e que o irmão dele também tinha dois CPFs e dois títulos de eleitor.