
Por: Maglon Ribeiro
Quem não conhece o poeta popular Braúlio Bessa? Intitulado por ele mesmo como o fazedor de poesia. Um poeta popular que ganhou notoriedade pela seus poemas simples ao gosto do povo.
Ele será uma das “celebridades”, contratado, certamente, por um bom cachê, pela prefeitura Municipal de Barreiras para a próxima edição da Feira FLIP de literatura.
A poesia é uma arte e o poeta Braúlio, assim como todos os poetas, é digno de reconhecimento e respeito. Porém é importante ressaltar que a nossa cidade, Barreiras, tem excelentíssimos artistas, que com a sua sensibilidade e dom, também fazem poesias e através de seus versos, rimas e ritmos declamam e clamam para serem escutados e apreciados por aqueles que, assim como eles, se fortalecem no despertar de um ato poético. Pois não são apenas fazedores de poesias, mas sim testemunhas vivas da harmonia de sua arte.
Em que palco ficarão os nossos poetas, os nossos cantores, os nossos artistas?
A Flib foi criada para promover a nossa cultura e a nossa arte, qual é a coerência em trazer alguém de fora, uma vez que seria a oportunidade de valorizar, reconhecer e incentivar nossos artistas?
Por que não patrocinar os nossos artistas? Ainda mais num cenário onde todos foram os mais atingidos economincamente pela pandemia? Assim, como a Lei Aldir Blanc, criada para viabilizar recursos para os artistas, devido suas dificuldades financeiras, principalmente nesse momento de recessão, não seria esse o momento de utilizar um critério técnico para a distribuição de verba de incentivo a cultura local?
Realizar festival de poesia, festival de música, teatro, com premiação?
Não tenho nada contra o poeta Braúlio Bessa,que ele ganhe a cachê dele, mas que este cachê deveria ser utilizado para patrocinar os nossos artistas, sim, e fatalmente incrementar recursos na economia local. Assim, saberemos em que palcos estarão os artistas barreirenses.