
Pré-candidata do PCdoB ao Palácio do Planalto, Manuela D’Ávila afirmou que, apesar da disposição do partido por uma candidatura única da esquerda, o campo progressista deve ter 4 presidenciáveis, em referência aos candidatos do PT, PDT e PSol, além da sua legenda.
Manuela disse que demonstrou aos outros 3 partidos que não seria óbice para uma unificação, mas que há resistência por parte dos concorrentes. “A vida real não tem mostrado que esse é o caminho”, afirmou em sabatina do jornal Correio Braziliense, nesta quinta-feira (6).
O PCdoB demonstrou nas últimas semanas disposição em abrir mão da candidatura própria para apoiar Ciro Gomes (PDT). Porém tanto Guilherme Boulos (PSol) quanto o PT insistem em candidatura própria.
De acordo com a última pesquisa Datafolha, publicada em 16 de abril, Ciro tem entre 5% e 9% das intenções de voto, a depender do cenário. Manuela chega a no máximo 3% e Boulos a 1%. Luiz Inácio Lula da Silva continua na liderança, entre 30% e 31% das intenções de voto. Possível substituto do petista na corrida eleitoral, Fernando Haddad alcança, no máximo, 2%.
Na avaliação da presidenciável, já é um avanço ter uma unidade programática das 4 candidaturas.
Ela disse ainda que a fragmentação é mais grave na direita do que na esquerda. “Embora eu tenha feito esses gestos, acho que eles têm bem mais conversa a fazer do que nós”, afirmou. “São 19 pré-candidatos, nós temos 4 e eles 14”, completou.
Manuela ressaltou também a dificuldade do governo de Michel Temer emplacar um sucessor. “Todo mundo defende o ‘Fora, Temer’. O governo Temer está morto. Esse fantasma procura reencarnar. Ninguém quer o encosto”, afirmou. Ela lembrou que o próprio candidato do MDB, Henrique Meirelles, procura se descolar do rótulo de governista.
A pré-candidata questionou quem votaria para eleger ideias defendidas pelo MDB. “O povo escolherá esse projeto deles? Por que então tiveram que consagram o impeachment sem o crime de responsabilidade?”, questionou.
Nesta terça-feira, a centro direita lançou um manifesto em defesa de uma aproximação, primeiro passao para reduzir a fragmentação de candidaturas. A iniciativa com apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem apoio de parlamentares do PSDB, DEM, MDB, PPS, PV, PSL, PSD e PTB.
Via: Huff Post Brasil