O Mural do Oeste, a partir hoje, lança o quadro BARREIRENSES E OESTINOS E QUE SE DESTACAM EM BRASÍLIA E EM OUTRAS CIDADES DO BRASIL. O nome de hoje é Ricardo Rego Pamplona, filho de tradicional família de Barreiras e que s depois de realizar um excelente trabalho no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), agora participa como consultor dos debates sobre a vacina contra a COVID-19. Ricardo é um ser humano da melhor qualidade, uma pessoa que pelo seu trabalho, pela sua competência já merece uma homenagem da Câmara Municipal de Barreiras. Um profissional que mostra na Capital da República, o talento do povo barreirense. Palmas pra ele.
Resumo curricular
Ricardo Rego Pamplona, Médico Veterinário formado pela Universidade Federal da Bahia- UFBA, pós graduado em virologia pela UFRJ e em controle de qualidade de vacinas veterinárias pela Iowa State University – EUA.
Atuou por 3 anos no Centro de Controle de Zoonoses do Distrito Federal e por 30 anos como funcionário de carreira do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), onde exerceu entre outras funções os cargos de Coordenador de Registro e Fiscalização de Medicamentos Veterinários e de Diretor do Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários.
Aposentado desde 2019, atua como consultor técnico em produção e controle de qualidade de medicamentos veterinários de empresas fabricantes no Brasil e no exterior e do Sindicato das Indústrias de Produtos para a Saúde Animal – SINDAN, entidade que agrega 90 empresas produtoras de medicamentos veterinários no país.
Sobre o projeto de produção de vacina contra a Covid 19 pela indústria de Saúde Animal
Como consultor do SINDAN, Ricardo Pamplona participa de discussões que envolvem a ANVISA, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e MAPA, sobre a possibilidade da realização de parcerias entre as empresas do setor de saúde animal e as detentoras da tecnologia de vacinas contra a Covid 19, para que essas vacinas sejam produzidas nas indústrias veterinárias, considerando que essas possuem o know how para fabricar vacinas inativadas cultivadas em células, a mesma utilizada na produção da Coronavac, do Instituto Butantan.
Três indústrias que produzem vacinas contra a febre aftosa, possuem capacidade para juntas produzirem anualmente 500 milhões de doses em instalações laboratoriais com nível de segurança biológica NSB3+ todas certificadas pelo MAPA, as quais podem ser rapidamente adaptadas para produzir a vacina inativada contra a Covid – 19. E considerando que a vacina contra a Covid é disponibilizada em um volume de dose menor do que o da vacina contra a febre aftoso, estima-se que a indústria veterinária brasileira possa produzir, em um período de seis meses, até 180 milhões de doses da vacina anti-Covid inativada, cultivada em células, a partir do momento da obtenção da tecnologia (fórmula completa e sementes do vírus), sem prejuízo do abastecimento da campanha de vacinação contra a febre aftoso.
Ricardo Pamplona participa também das discussões com o MCTI a realização de parcerias para a produção de vacinas que utilizam outras tecnologias, cujos projetos de desenvolvimento estão sendo financiados por aquela pasta.
Segundo ele, a grande vantagem na realização dessas parcerias é a capacidade de produção da indústria veterinária em volume suficiente para atender com folga a demanda por vacinas no Brasil e até em outros países, alem da eliminação da dependência de importação da vacina pronta ou do Ingrediente Farmacêutico Ativo – IFA, com ganhos significativos no tempo e no custo de produção.
As discussões sobre o tema continuarão no âmbito das instituições envolvidas. O início da produção depende de acordos entre as empresas proprietárias das vacinas anti- covid e as empresas fabricantes que se interessarem pela parceria, para fins de transferência da tecnologia de cada vacina, além da aprovação das instalações fabris pela Anvisa.