Estava com fé de te ver
Na Guanabara
Mas veja, que coisa rara
A fé me faltou
Foi um chilique
Fique atônito
Ingeri um tônico
Imaginei ser um Cristo de braços abertos
Um Cristo vivo
Que está sempre por perto
Que cura a dor
A saudade das noites de luar
Da sua voz
Da lindeza que se foi
Da solidão que ficou
Da cor das cinzas
Da sina do adeus
De um cantor que partiu e não voltou
A saudade é um trem
Que vai e vem
Não sei o que ela tem
Eu sei que ela é
Uma canção que embala e dispara
E para e leva o trem
Pra fora da estação.
Do poeta Ronaldo Sena