Por Rildo Sena
Entre os anos de 1993 e 1996, Betim exerceu o seu segundo mandato como prefeito de São Desidério. Tive a satisfação de trabalhar ao seu lado como assessor e chefe de gabinete. Por conta da minha função, eu era o funcionário mais próximo de Betim, tanto no trabalho, como nas horas de lazer, que reconheço, foram muitas.
Em uma época de poucos recursos, Betim fez muito por São Desidério e sua população. Época essa de poucos recursos, em que ele realizou diversas ações, construiu pontes, abriu estradas, construiu postos de saúde, escolas e obras que eu considero como as principais: a implantação do monumento do Cristo redentor, urbanizado uma área até então relegada ao abandono, que logo se transformou num ponto de visitação na cidade e deu novos ares ao bairro onde foi edificado.
Outra obra fundamental foi a construção do hospital Municipal de São Desidério, uma obra de vanguarda que até hoje serve ao povo daquela cidade. Mesmo sem ter os recursos que hoje são abundantes, Betim fez muito pela cidade e pela zona rural deste município em questão, e eu poderia listar aqui muitas obras e realizações, mas, prefiro destacar a forma como Betim recebia as pessoas, ouvia seus problemas e buscava soluções, os mais humildes tinham a preferência de Betim, que sempre dizia que estava ali pra servir a todos. A casa de Betim sempre de portas abertas era o Porto Seguro para as pessoas que ali chegavam, dos mais diversos povoados do município. Juntamente com sua esposa a senhora Carmecita Pereira de Lima dos Anjos e seus filhos e filhas, ele atendia todos com respeito, educação e presteza e eu classifico essa como a sua melhor qualidade: cuidar das pessoas.
Um claro exemplo de agradecimento e reconhecimento foi a comoção das pessoas no dia 22, domingo passado, durante a cerimônia de corpo presente e sepultamento, em que uma multidão se fez presente. E a tristeza era visível no semblante de todos, já no final do sepultamento no cemitério São Pedro, um senhor em lágrimas me abraçou e perguntou: quando será que vai aparecer outro Betim, pra cuidar da gente? Foi o homem, ficou o nome.