É ainda com lágrimas nos olhos e na alma que escrevo esse texto em homenagem ao meu amado pai, falecido neste sábado 21 e sepultado na manhã deste domingo, 22 de janeiro de 2023.

A morte do meu pai, embora de certa forma já esperávamos, foi uma pancada forte e eu ainda estou cambaleando, tentando me aprumar pra seguir na caminhada até quando chegar a minha hora.

Os últimas dias foram para nossa família de muito tormento e dor pois todos corriam para  tentar salvar  a vida do meu pai. Mas não podemos mudar a vontade de Deus e quando ele chama, só se pode fazer uma coisa. Partir. Meu pai partiu em paz e isso nos  conforta.

Mandou recado para os filhos, pediu união entre nós que somos irmãos mas, acima de tudo deixou um exemplo de vida muito forte.Foi um homem honrado.

Honrado não é uma maneira de falar. É uma verdade.

Cumpridor de seus compromissos. Às vezes, com o seu silêncio me ensinava muita coisa. Mas sei que por conta das circunstâncias da minha vida, eu não consegui ser um por cento do que ele foi em dignidade, honradez e caráter.

Homem trabalhador, se  destacou na função de mestres de obras da Prefeitura Municipal de Barreiras. Nas gestões de Baltazarino, Paulo Braga, Saulo e, por último na gestão de Antônio Henrique. Nas demais ele já havia se aposentado.

Foi o mestre de obras responsável por construção  de obras importantes dessa cidade como o Parque de Exposição Engenheiro Geraldo Rocha, parte do estádio Geraldão, Escola Cleonice Lopes, Herculano Farias, Marcos Freire, Escola do Ribeirão, Escola Osvaldo Cruz, Escola Roberto Santos, Eurides Santana,  Centro Educacional de Barreirinhas, entre outros.

Um guerreiro, criou oito filhos e tem vários netos e bisnetos.

Partiu esse homem que gostava de contar casos, de fazer brincadeiras e que tinha uma opinião firme sobre as coisas da vida.

Ver meu pai dentro de um caixão foi um dos momentos mais duros da minha vida.  Lembrei daquele homem forte, que trabalhava incansavelmente e que até pouco tempo pedalava sua bicicleta pelas ruas de Barreirinhas. Doeu muito e eu tive quase um surto, a morte dele, as lembranças misturado a tantos problemas que enfrento no dia a dia, me deixaram em estado catatônico. Por isso esse esforço para escrever esse texto capenga que, com certeza não está a altura da honradez do meu pai, mas é o mínimo que posso fazer por ele.

Conseguimos no dia dos pais e  no natal fazer uma reunião de família em torno dele em um momento de amor e celebração da vida. Foram últimos momentos de alegria. Dai pra frente a doença avançou e agora ele faleceu mas sua lucidez e seu exemplo ficarão vivos em cada um que conviveu com ele.

Por fim  ressalto a união de todos os meus irmãos, sobrinhos e netos de meu pai sempre dispostos a colaborar nos momento difíceis de sua doença, mando um abraço para dona Kátia que cuidou dele com zelo,  carinho, responsabilidade e sobretudo, gostaria de fazer uma homenagem também a todos os meus irmãos em nome de Romildo Sena  que acompanhou meu pai até os últimos momentos, transmitindo animo e amor ao seu Juvenal Fernandes de Sena.

Para finalizar

Peço perdão pelas vezes que falhei e decepcionei meu pai. Sei que ele me perdoará pois não existe pai que não perdoe um filho.

A sua benção meu pai.

Tenho certeza que o senhor reencontrará minha mãe e ficarão juntos na eternidade.

Vá em paz

Até um dia

Roberto de Sena

Com coração despedaçado