Uma nova dinâmica vai acontecer nas cidades em 2020, ano de eleição. Calcado na esperança de dias melhores, aqueles que detêm o passaporte para um novo tempo em suas cidades, os eleitores, esperam nas suas conchas o desenrolar dos acontecimentos. O voto nesse período é uma moeda valiosa. Para o eleitor que pode negocia-lo, trocar por favores ou por projetos para a cidade; para o político que precisa de decisão a seu favor, através do voto, para ser eleito; para o município que defende que a maioria votante , escolha um gestor competente para desenvolver os projetos que a localidade precisa e ou vereadores comprometido com as melhorias que a população sinalizar.
Os candidatos certamente gastam sola de sapato e exaurem suas forças a cata de voto, de casa em casa, de rua em rua, de bairro em bairro, promovendo na cidade e distritos uma verdadeira loucura. Olhando para todos os lados, no período de campanha eleitoral, verificamos que a cidade está em ebulição com propaganda de todos os formatos e uma tremenda poluição sonora. Um verdadeiro campo de batalha, com soldados armados e entrincheirados, muita munição, artefatos, movidos por estratégias e táticas bem conduzidas ou de qualquer jeito. A guerra está declarada. Este ano é ano de eleição.
Tudo gira em torno de números: número do partido, número do candidato, número de eleitores que o candidato possui (votos consolidados), quantidade de votos necessários para ser eleito, quociente eleitoral, quanto vai gastar na campanha. Ou seja, o principal concorrente de um candidato nesse tipo de eleição é o número.
Eleição é guerra, é uma gincana e, ganha quem conquista mais adeptos a candidatura, quem atrai mais simpatizante para as suas propostas. Para você vencer a concorrência, que é acirrada em eleições proporcionais você precisa ter visibilidade, ou seja, fazer propaganda que é apenas um dos aspectos do marketing eleitoral. Mas antes de chegarmos à propaganda do candidato temos que definir o que dizer e para quem dizer, e isso só o estrategista de marketing é especialista em fazê-lo, após a leitura de pesquisa qualitativa, por onde é possível conhecer as reais prioridades , os sentimentos, crenças, valores, enfim a mente do eleitor, como ressaltam Al Ries e Jack Trout: “Quando você desejar comunicar as vantagens de um candidato a um cargo político ou de um produto ou mesmo de sua pessoa, você precisa revirar as coisas ao avesso… Você procura a solução do seu problema, não dentro do produto, e nem mesmo dentro de sua própria mente… Você busca a solução dentro da mente do cliente potencial.” Melhor dizendo dentro da mente do eleitor em potencial.
Com isto podemos afirmar que o verdadeiro campo de batalha de uma eleição não é o espaço da cidade, suas ruas e praças, mas a mente do eleitor. É na mente do eleitor que se trava a verdadeira batalha eleitoral.
É de vital importância para o político saber que a campanha política trabalha com os espaços emocionais do eleitor, despertando a fé e a esperança das pessoas. A decisão vem da percepção que o eleitor tem da sua candidatura, da imagem que você, enquanto politico, transmite ao eleitorado, que termina com a definição de escolher em você ou outro candidato
Por outro lado, o voto é consequência de um processo. Este processo se dá à medida que a campanha se deflagra, ou seja, o candidato vai emitindo o seu discurso e o eleitor vai construindo a imagem do candidato na mente. Vai comparando a plataforma defendida pelo candidato e as suas aspirações como cidadão.
Esta relação dura o período da campanha eleitoral, portanto, o eleitor vai amadurecendo e se alterando durante a campanha, ele vai questionando e se identificando com algumas questões e se incompatibilizando com outras. Vale lembrar que a sua imagem é a soma das crenças, sensações e impressões que o eleitor tem de você. Certa ou errada, a imagem do candidato guia e molda o comportamento do eleitor.
No final ele se decidirá pelo candidato que mais compatibilidade apresentar com suas aspirações sociais, ou seja, aquele que se aproximar mais da possibilidade de realizações de seus sonhos para o futuro, em beneficio da sua família , da sua comunidade.
Por: Maglon Ribeiro