
A situação política em Correntina virou um paiol de pólvora com a operação ÚLTIMO TANGO. Seis vereadores estão literalmente dançando ao som estridente do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia que revogou a liminar que os livrava da prisão. Eles foram presos em outubro do ano passado, após a operação “Último Tango”, deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MP-BA). A decisão só pode ser recorrida no Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal. Os envolvidos são o presidente da Câmara Municipal, Wesley Campos Aguiar, conhecido pelo apelido de Maradona e os vereadores Juvenil Araújo Souza, Jean Carlos Pereira Santos, Milton Rodrigues de Souza e Nelson da Conceição Santos. Eles foram presos no período em que a operação foi deflagrada, foram soltos por força de liminar e estavam respondendo em liberdade e tiveram os mandatos de volta. Agora com a nova decisão judicial deverão ser afastados e poderão voltar para a cadeia.
O clima em Correntina é de suspense uma vez que a população aguarda ansiosa que os envolvidos sejam substituídos pelos suplentes para que o clima de normalidade volte a reinar na cidade. Pelas redes sociais manifestações estão sendo marcadas e são fortes os pedidos para que os edis citados deixem a Câmara. Eles ainda podem recorrer para instâncias superiores. Além dos seis vereadores há também servidores públicos envolvidos no escândalo que vem abalando uma das mais belas cidades do Oeste Baiano.
A denúncia do MP-BA aponta que o grupo estava envolvido na formação de uma suposta organização criminosa, suspeita de fraudar processos licitatórios e contratos na cidade e desviar verbas públicas mediante pagamento de gratificações indevidas a servidores.
O sexteto também teria feito exigências ilícitas ao prefeito local, Nilson José Rodrigues, o Maguila (PCdoB), inclusive a entrega de propina de R$ 50 mil para alguns legisladores em troca da aprovação de projetos de lei.