
O ex-presidente Lula
Dez dias antes do Natal, o juiz federal Sérgio Moro barrou nova ofensiva do ex-presidente Lula contra ele. O magistrado rejeitou, em 14 de dezembro, a segunda exceção de suspeição criminal ajuizada pelo petista e por sua defesa em ação penal sobre supostas propinas da Odebrecht – um terreno de R$ 12 milhões aonde supostamente seria sediado o Instituto Lula e o apartamento 121, no edifício Hill House, em São Bernardo, vizinho à residência do ex-presidente. O ex-presidente tem acumulado derrotas na primeira instância e nos tribunais em sua tentativa de tirar processos das mãos de Moro e de Curitiba para se livrar de condenação e de provas que o ligam a esquema de corrupção na Petrobrás e a sítio de Atibaia, ao triplex do Guarujá e a propinas de empreiteiras. Até 26 de novembro do ano passado, os advogados de Lula haviam apresentado 10 pedidos para afastar Moro ou tirar os processos da 13ª Vara Federal em Curitiba. A nova ofensiva é assinada por Lula e por seus advogados. Segundo a exceção de suspeição, Moro teria se tornado suspeito ‘por ter participado, como palestrante, do 4.º Evento Anual Petrobrás em Compliance, na sede da Petróleo Brasileiro S/A – Petrobrás em 8 de dezembro de 2017’. Na ocasião, afirmam o petista e sua defesa, o juiz da Lava Jato aconselhou ‘o assistente de acusação, no caso a Petrobrás, sobre medidas de prevenção e combate à corrupção e a respeito de matérias pendentes de julgamento’. A primeira exceção de suspeição nesta ação foi rejeitada por Moro. “A presente exceção deve seguir a mesma sorte”, afirmou o magistrado na decisão que barrou a segunda ofensiva de Lula.
Via: Estadão